A úlcera plantar ou úlcera do pé pode se apresentar como uma ferida que atinge apenas uma camada da pele ou como uma cratera que afeta as partes mais profundas da derme, atingindo, também, tendões e ossos do pé. Esse problema é mais comum em pessoas que têm problemas de circulação sanguínea e diabéticos, mas também pode ocorrer em casos de hanseníase.

Quando a úlcera plantar não é tratada no estágio inicial, existe o risco de uma infecção grave, resultando em osteomielite e necrose. Cerca de 85% dos casos de amputações de pés de pessoas diabéticas ocorrem devido à úlcera plantar não curada.

Sintomas da úlcera plantar

A úlcera plantar pode surgir em várias partes: no fundo do pé, na lateral, na área superior e até na ponta de um dedo. É uma lesão avermelhada, que pode ser superficial ou tornar-se mais profunda, quando não é devidamente tratada. Uma úlcera profunda afeta tendões e ossos.

A dor é um sintoma, quando há uma infecção e a úlcera plantar é profunda. Porém se o paciente tiver algum problema nos nervos dos pés (neuropatia periférica), é provável que ele não sinta. A dor e a dificuldade para andar prejudicam a qualidade de vida do paciente.

Cuidadores devem redobrar a atenção com sinais que surgem no corpo de pessoas acamadas e idosas, pois elas podem apresentar ulcerações em outras regiões do corpo, como nádegas, costas e nuca. Nesses casos, a doença chama-se “escara de decúbito”.

Diagnóstico e tratamento da úlcera plantar

No exame clínico, o médico tem condições de confirmar se é ou não uma úlcera plantar avaliando o histórico do paciente e as características da ferida. Para o paciente que não apresenta problemas de circulação, o tratamento consiste na remoção do tecido da área afetada e, se houver sinais de infecção, medicação antibiótica. A limpeza superficial da úlcera plantar é um tratamento denominado desbridamento, realizado no consultório médico. A cicatrização leva, em média, três meses, desde que o paciente faça o tratamento completo e cuide muito bem da higiene dos pés para evitar infecções.

O tratamento da úlcera do pé de uma pessoa diabética exige um cuidado maior e, em alguns casos, é necessário fazer uma cirurgia para limpar as lesões profundas e remover tecidos que não cicatrizam.

A úlcera do pé também pode ser tratada com gesso de cicatrização ou gesso de contato total. A finalidade é reduzir a sobrecarga de peso sobre a área do pé em que existe uma úlcera. O uso de antibióticos é necessário, porém, quando existe má circulação nos membros inferiores, o efeito da medicação pode não surtir resultado eficaz.

Para prevenir a úlcera plantar, é importante tratar os problemas de má circulação, fazer o controle efetivo do diabetes e cuidar da higiene dos pés. Pessoas que apresentam esses problemas devem usar calçados com solado firme. Ao perceber uma ferida, escurecimento da pele, calosidade na planta do pé ou qualquer sinal fora do comum é importante fazer a consulta médica para tratar o problema na fase inicial.

 

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