A queilectomia é uma intervenção cirúrgica que remove os esporões ósseos da superfície superior do dedão do pé. Os esporões crescem devido à artrite que ataca o hálux rígido e, com isso, limita o movimento do dedo do pé, ocasionando a dor.
Esse tipo de procedimento cirúrgico é indicado quando o paciente já tentou alguns métodos conservadores — como usar um calçado mais rígido, por exemplo — e já fez uso de medicamentos anti-inflamatórios receitados pelo médico, porém não obteve sucesso.
Preparação para a queilectomia
No pré-operatório, o paciente recebe algumas instruções do próprio cirurgião para se preparar para a cirurgia.
Normalmente, são necessários alguns testes para garantir a segurança do paciente no decorrer do procedimento. Esses exames são concluídos no período de 10 a 15 dias antes da intervenção cirúrgica.
Caso o candidato à cirurgia seja fumante, será preciso parar de fumar por pelo menos 1 mês antes da intervenção, pois há algumas evidências de que a nicotina atrapalha a cicatrização dos ossos e da ferida, além de aumentar o risco de infecções e coágulos sanguíneos após a operação.
Ademais, o paciente também deve informar ao médico se estiver fazendo uso de algum medicamento. Sendo o caso, essas medicações poderão ser suspensas por pelo menos 7 dias do período pré-operatório.
Por fim, outra recomendação é parar de comer após a meia-noite. No entanto, o paciente poderá ingerir líquidos claros até 3 horas antes da intervenção cirúrgica.
Procedimento cirúrgico
A queilectomia é comumente realizada com anestesia geral, mas há certos casos em que somente a anestesia local é suficiente. De qualquer maneira, o paciente não sentirá dor durante o procedimento.
O cirurgião fará uma incisão na área de cima do dedão do pé e removerá o osso em excesso da articulação, juntamente a outros resíduos, como cartilagem danificada.
Após isso, a incisão será fechada com pontos e o pé será devidamente enfaixado.
Cerca de 3 horas depois da cirurgia e antes de receber alta, o paciente será observado numa sala de recuperação.
Vale ressaltar que o paciente receberá um par de muletas e um sapato de proteção para auxiliá-lo a andar e, além disso, ele não poderá colocar o peso do corpo na frente do pé e sim no calcanhar.
Pós cirurgia
Nos primeiros dias após a cirurgia é comum o paciente sentir dor, mas o médico deverá prescrever medicamento para combatê-la e também para o evitar o inchaço no local. Ademais, será recomendado manter o pé elevado pelo menos por 7 dias.
O médico também instruirá o paciente sobre a questão de higiene, principalmente no banho, para que o local da incisão não seja molhado até a cicatrização.
Os curativos serão removidos 15 dias após a cirurgia e, a partir daí, o paciente já poderá usar sapatos regulares e de apoio para andar normalmente. Já em relação às atividades de impacto, estas devem voltar de forma lenta e progressiva.
Complicações da queilectomia
Algumas possíveis complicações dessa cirurgia são:
- Náuseas e vômitos;
- Infecções;
- Coágulo de sangue na perna.
No entanto, há uma chance muito pequena da queilectomia causar alguma complicação ao paciente. Porém, como em qualquer cirurgia, existe a possibilidade.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Paulo!