A artrose é uma condição bastante conhecida e estudada atualmente. Em contrapartida, muitos ainda acreditam que tal enfermidade é típica das articulações maiores, especialmente nos joelhos e quadris. Essa não é uma verdade completa. Existem também outros casos para a doença, como a artrose de tornozelo.
O que é artrose?
A artrose é uma condição decorrente do processo de desgaste da cartilagem no interior de uma articulação.
As articulações são ligações existentes entre os ossos, que são parte do sistema músculo-esquelético – responsável pela realização de movimentos e estabilidade.
Na artrose primária, o desgaste da cartilagem ocorre em função de um processo natural de envelhecimento, que pode ser antecipado pelo fator genético.
A artrose pode, também, ser secundária, assim caracterizada quando consequência de algum tipo de agressão sofrida pela cartilagem, que pode ser física, em caso de traumas, ou química, quando consequência de doenças inflamatória, como artrite reumatóide e lúpus.
O principal sinal de que o indivíduo pode estar com artrose é a dor ao movimentar determinada região do corpo. Na medida em que a doença progride, a dor, que ocorria apenas quando a região era submetida a grandes esforços, passa a ser mais corriqueira, surgindo em pequenos movimentos.
À dor se segue a rigidez progressiva nas articulações, que afeta a capacidade do indivíduo de se movimentar. Esse processo é mais dramático na parte da manhã, ao acordar, sendo atenuado no decorrer do dia.
Artrose de tornozelo
A incidência da artrose é comum no joelho e no quadril. Com uma estrutura óssea mais resistente, o tornozelo é menos vulnerável à degeneração, de modo que a artrose de tornozelo é um fenômeno raro.
Em geral, nessa região a artrose é secundária, decorrente, principalmente, de fraturas e lesões ligamentares graves. Pode ocorrer, também, em decorrência de doenças reumáticas.
Apesar de rara, essa é uma condição bastante limitante para o paciente, sobretudo em função da dor intensa.
Tratamento da artrose de tornozelo
O tratamento deve estar relacionado ao estágio em que a doença é descoberta. O primeiro passo será tentar identificar e atacar a causa do problema. A finalidade é tentar interromper a progressão da degeneração da cartilagem do tornozelo.
O médico pode optar por diversas terapias, dependendo da causa da artrose. Entre elas estão a fisioterapia, o uso de medicamentos, reeducação física, uso de calçados especiais, palmilhas, uso de infiltração de ácido hialurônico e de maneira experimental, o tratamento por PRP, que é a manipulação e transformação do sangue para induzir a regeneração acelerada das cartilagens.
Se a doença estiver em estágio avançado ou houver deformidades decorrentes da mesma, o tratamento cirúrgico é recomendado.
Por ser um processo degenerativo, é essencial que a artrose de tornozelo seja diagnosticada o quanto antes, de modo que o tratamento possa produzir melhores efeitos, lembrando que se trata de uma doença sem cura, que, no entanto, pode ter os sintomas atenuados, permitindo que o paciente mantenha uma qualidade de vida satisfatória.
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