O pé reumatóide é uma condição provocada pela inflamação das articulações (principalmente das mãos e dos pés) geralmente causada pela Artrite Reumatóide que, além de deformar as juntas, afeta também a outros órgãos e tecidos. É mais comum em mulheres após a menopausa. Antes de tudo, trata-se de uma doença incurável, mas cujos tratamentos amenizam dores e sofrimentos dos pacientes.
Assim, quem sofre com pé reumatóide, tem grande dificuldade de se locomover, passando por crises e remissões constantes. Há desta forma, os períodos onde existe pouca ou nenhuma inflamação e estes períodos são incertos (podem durara semanas e até meses).
Por se tratar de uma doença autoimune, o pé reumatóide ocorre quando o próprio sistema imunológico do corpo reage mal, atacando o mesmo organismo tal qual um vírus. Como os anticorpos combatem a membrana sinovial, que é o tecido responsável por preencher os espaços das articulações, as juntas acabam comprometidas. Se a membrana sinovial é atacada, ocorre a chamada inflamação.
Em qualquer situação de inflamação, a membrana sinovial se recupera facilmente, porém, no caso do pé-reumatóide, essa cura se torna impossível, pois os anticorpos continuam a atacando, sem qualquer possibilidade de recuperação.
Isto ocorre por fatores de predisposição genética (quando temos casos desta doença na família); por agentes infecciosos (bactérias e vírus que causem qualquer mudança no sistema imunológico), além do fumo, que pode desencadear a doença com mais facilidade onde houver predisposição genética. Hormônios também são fatores que estão relacionados com pés reumáticos, o que explica uma forte ligação em mulheres e até mesmo gestantes.
Pessoas que padecem com a obesidade, cujo peso está acima do limite, também podem desenvolver a doença mais facilmente, além da exposição à substâncias como sílica e asbestos, que facilitam o desenvolvimento de doenças autoimunes.
Dentre os sintomas mais conhecidos do pé reumatóide estão sensação duradoura de que o pé está “travado”, rijo, e sem movimentação; falta de apetite, perda de ânimo, fadiga e dores ao mexer os pés e os dedos.
Tratamentos
Dentre os tratamentos dos pés reumatóide, destacam-se:
Medicação: É importante que a doença de base – a artrite reumatóide – esteja controlada. Isso é feito com medicações antirreumatóides, antiinflamatórios e, mais raramente, agentes imunobiológicos.
Fisioterapia: exercícios e alongamentos ajudam a amenizar as dores e a melhores alguns reflexos;
Terapia Ocupacional: O paciente poderá se adaptar aos espaços e objetos, melhorando a mobilidade das articulações;
Cirurgias para o pé reumatóide
Algumas cirurgias podem ser indicadas conforme a necessidade. É o caso da:
- Sinovectomia: remoção da parte inflamada da membrana sinovial, evitando qualquer lesão à cartilagem. Pode ser feita, além dos pés, nos cotovelos, joelhos, quadris, dedos e outros.
- Reparação do tendão: reparar tendões que passaram por recorrentes inflamações e que por conta disso sofreram rupturas, de forma que assim que o tendão for reconstituído, seja possível recuperar parte dos movimentos;
- Artroplastia: Remoção das partes lesionadas e prejudicadas da articulação, substituindo-as por uma prótese.
- Artrodese: Fusão dos ossos, eliminando aquela articulação.
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