Percebe que seus pés estão se tornando mais retos à medida que você envelhece? Tem sentido dores nos pés, no calcanhar ou na área do arco plantar? Em ambos os casos, se os arcos no interior de seus pés estiverem planos e toda a parte inferior fica em contato com o chão, quando se levanta, é provável que você tenha pé plano.
Continue lendo este artigo para explorar algumas das razões pelas quais uma pessoa pode ter pé plano ou “pés chatos”. Confira!
O que é pé plano?
O pé plano é uma deformidade que ocorre quando o arco do pé desmorona e entra em contato completo ou quase completo com o chão.
A condição pode ser congênita (ocorrendo no momento do nascimento) ou adquirida (desenvolvendo-se ao longo do tempo, na maioria das vezes como resultado da idade ou lesão).
Como eu sei que tenho essa condição?
Para comprovar se você tem “pé chato”, o indicado é realizar uma visita ao ortopedista. Durante a consulta, ele realizará alguns testes, que podem variar entre podoscopia, que consiste em analisar as “impressões digitais” do pé, aplicadas em um aparelho, além de um teste simples. Ele pede para o paciente ficar na ponta dos pés e analisa como a curvatura e o calcâneo se comportam.
Para complementar o diagnóstico, o especialista pode solicitar exames de imagem, como raio-X e tomografia computadorizada. Especialmente se houver suspeita de alguma condição associada.
Então, se eu tenho pé plano, isso significa que sentirei dor?
Ao contrário da crença popular, ter um pé plano não aumenta, necessariamente, a incidência de lesões e, geralmente, não causa problemas.
No entanto, os “pés chatos” podem causar tensão nos músculos, ligamentos e articulações, gerando dores nos pés, pernas, quadris e costas, estar ficar em pé ou ao caminhar.
Além disso, indivíduos com pé plano podem desenvolver pés cansados ou doloridos após períodos prolongados de pé ou andando.
Quando o tratamento é necessário e quais estão disponíveis?
O tratamento só é necessário se a condição estiver associada à dor no pé ou no membro inferior. Se não for o caso, não é indicado por, simplesmente, ter o pé plano. No entanto, em quadros graves, ele pode ser garantido, a fim de evitar possíveis lesões futuras.
Os tratamentos iniciais tendem a ser menos invasivos e são frequentemente associados a melhores resultados do que em estágios mais avançados.
É importante lembrar que não há tratamento geral. Ele se concentra em aspectos específicos ou partes do pé, que requerem modificação ou cura. Isso pode ser conseguido de várias maneiras:
- exercícios específicos — alongamento da panturrilha, para reforçar o tendão de Aquiles e os músculos posteriores, que podem estar envolvidos no desenvolvimento de um pé plano;
- palmilhas ou órteses — podem ser usadas para corrigir a deformidade do pé plano ou realinhar o pé e os membros inferiores;
- cirurgia — geralmente, só é considerada quando o paciente não responde a medidas conservadoras.
Como vimos, dependendo da condição específica do paciente, possíveis procedimentos cirúrgicos podem ocorrer e envolver:
- alongamento do tendão de Aquiles;
- Osteotomia do calcâneo (deslocamento cirúrgico do osso do calcanhar), que pode ajudar a realinhar o retropé;
- reconstrução de tendões específicos, como o tendão tibial posterior.
É possível, ainda, tomar medidas para evitar o desconforto, diminuindo seus fatores de risco. Isso significa manter sua pressão arterial, peso e diabetes sob controle.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Paulo!