A artrite reumatoide é uma doença crônica, autoimune e sistêmica.

É crônica porque seus sintomas são constantes, persistentes e duradouros. É autoimune porque não tem cura e é decorrente de disfunções que acometem o sistema imunológico, que passa a atacar o próprio organismo. Finalmente, é uma doença sistêmica porque os sintomas não são localizados e atingem diversos sistemas e órgãos do corpo humano, como é o caso das artroses.

A característica principal dessa doença é a inflamação das articulações, causando dor, inchaço, vermelhidão e rigidez nas regiões atingidas.

Embora não tenha cura, pode ser tratada e controlada com medicamentos. Uma boa notícia é que ela pode ficar inativa por longos períodos, até mesmo por anos.

O ponto mais sensível dessa doença, além dos próprios sintomas, são as possíveis consequências na vida social e profissional, uma vez que eles podem causar incapacitação.

É fácil imaginar o que acontece quando essa incapacitação ocorre com os pés, que são vitais no âmbito do sistema locomotor. Vamos falar um pouco mais sobre isso?

O que acontece com os pés?

Os pés são parte importante do sistema locomotor do corpo, responsáveis pelo equilíbrio e diversos movimentos, o que implica dizer que é uma região onde há muitas articulações.

Os sintomas da artrite reumatoide nos pés são os mesmos: dor, inchaço e rigidez matinal, além do aumento da temperatura da região. Atingem as articulações dos dedos e dos tornozelos. Em alguns casos, pode provocar deformações.

A artrite reumatoide nos pés é um quadro bastante perigoso, uma vez que o sistema imune libera produtos químicos, que junto com os líquidos leva ao inchaço e a danos nas cartilagens, que estão presentes em grande quantidade, principalmente na região dos dedos.

O papel das cartilagens é lubrificar e facilitar os movimentos articulares. Por isso, os danos causados às cartilagens dos pés podem acarretar sérios problemas à capacidade de movimentação do paciente.

Sem contar com o inchaço e a presença de nódulos reumatoides, que dificultam o uso de calçados, podendo impactar gravemente na vida social do paciente. Além dos danos psicológicos decorrentes da experiência de ter de lidar com a dor persistente, que leva a distúrbios do sono e depressão.

Como é o diagnóstico

Os sintomas no pé podem levar à confusão com outras doenças estruturais ou inflamatórias, mas o paciente desse tipo de artrose apresenta sinais múltiplos, o que facilita o diagnóstico.

O clínico geral, ou reumatologista, baseia-se no histórico do paciente, incluindo descrição dos sintomas e narrativa de antecedentes familiares com doenças autoimunes.

Com o exame físico associados a exames de sangue, o médico tem plenas condições de diagnosticar a doença com alto grau de acerto, mas pode solicitar, ainda, alguns exames de imagem para avaliar a extensão dos danos.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Paulo!