No Brasil, a artroplastia total do tornozelo só foi autorizada pela Anvisa no ano de 2012, mas já vem sendo realizada há cerca de duas décadas. Durante o procedimento, basicamente, é colocada uma prótese no local onde a cartilagem sofreu a lesão. Os resultados da operação podem ser percebidos imediatamente. No entanto, para ser considerado apto a se submeter a essa intervenção cirúrgica, é necessário ter ao menos 50 anos de idade, não ter tido alterações relevantes na pele e nem infecções no local. Além disso, quem possui desvio no tornozelo ocasionado pela artrose precisará corrigir essa situação antes da cirurgia.

Prótese total do tornozelo (PTT)

A prótese total do tornozelo (PTT) precisa conter três elementos:
  1. Tibial;
  2. Talar;
  3. Menisco (podendo ser um elemento fixo ou móvel de um dos demais elementos, e é necessário que esteja disponível em ao menos quatro tamanhos).
Os elementos metálicos (talar e tibial) precisam ter em seu desenho um formato anatômico às superfícies que os interligarão ao osso em questão e, para que esses elementos sejam fixados ao osso, eles deverão ser revestidos com materiais que facilitem que a prótese adira ao osso e vice-versa. Alguns exemplos que podem ser citados, são: Em relação à superfície articular desses elementos, elas precisam ser lisas com o menisco (espaçador) em sua interface, além de terem um formato semelhante ao dele. Já o elemento meniscal, seja ele fixo ou móvel, deve ser formado de UWMW (poliprolipeno de densidade alta) e suas superfícies devem ser similares ao elementos tibial e talar, enquanto atua como espaçador proporcionando que o atrito entre os elementos seja menor. Vale ressaltar que, por si só, a prótese total do tornozelo não realinha a geometria do pé e, por esse motivo, por vezes são necessários procedimentos complementares, como:

Realização da artroplastia total do tornozelo

A artroplastia total de tornozelo consiste em um processo de troca da articulação do tornozelo pela PTT. Nesse sistema, busca-se a menor ressecção de osso possível, de tal forma que a superfície da articulação seja reproduzida geometricamente, para que seja possível equilibrar a estrutura de apoio e o suporte, tanto à mobilização do tornozelo quanto à carga imposta sobre ele. A doença que torna esse procedimento necessário é a osteoartrose — uma enfermidade evolutiva (degenerativa), que resulta na degradação da cartilagem que envolve o osso da articulação, e avança causando dores ao apoiar os pés no chão e na mobilização da face articular. Com isso, a cirurgia tem como principal objetivo curar a dor e proporcionar melhorias para a qualidade de vida do paciente, estabilizando e assegurando que o movimento articular do tornozelo seja recuperado ou preservado. Os métodos utilizados para alcançar esse objetivo são a estabilidade intrínseca elevada da prótese, menor nível possível de estresse no decorrer de sua utilização, pouca força de estresse no contato com os ossos e ligamentos do tornozelo. Para que o paciente se recupere completamente após a cirurgia, normalmente é recomendado, depois da cicatrização, que ele seja acompanhado por um fisioterapeuta. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Paulo!