A artroplastia total do tornozelo é um procedimento cirúrgico realizado com o objetivo de aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente. Quando bem implantada, a prótese proporciona a recuperação e estabilidade do movimento articular do tornozelo.
A prótese total de tornozelo não proporciona o realinhamento geométrico do pé. Para isso, é necessário alguns procedimentos complementares, como a osteotomia.
O complexo articular do tornozelo é composto pela junção de três ossos, o tálus, a tíbia e a fíbula. As articulações que o integram são importantíssimas para a função biomecânica do nosso corpo, porque são elas que concedem uma caminhada saudável e o bom desempenho do nosso dia a dia.
Entender como funcionam essas articulações é fundamental para prever lesões e para tratá-las. A
artroplastia total do tornozelo (ATT) tem sido uma solução bastante eficaz no tratamento da artrose em estado avançado nas articulações do tornozelo.
A artrose do tornozelo é um assunto que vem sendo colocado em pauta devido a sua importância cada vez maior no ramo da saúde, uma vez aproximadamente cerca de 1% da população adulta sofre desse mal.
Essas deformações degenerativas do tornozelo, de forma contrária da artrose do joelho e do quadril que são primárias, são normalmente pós-traumáticas.
Por questões óbvias, toda e qualquer cirurgia tem os seus benefícios e riscos, e cabe a um médico ortopedista capacitado avaliar cada caso de forma individual, para decidir se vale ou não a pena correr algum tipo de risco.
Indicações e contraindicações da artroplastia total do tornozelo
As artroses que atacam o pé e o tornozelo podem surgir como uma doença própria da cartilagem (artrose primária) ou devido algum tipo de traumatismo (contusões, fraturas e entorses) que afetem a estabilidade das juntas ou a ligação normal entre os ossos (artrose pós-traumática).
A base da indicação do procedimento cirúrgico é em pacientes com baixo peso corporal, pouca exigência quanto a atividade física e idade igual ou superior a 50 anos.
Indicações
- Fraturas;
- Osteoartrose primária idiopática;
- Osteoartrose secundária a trauma;
- Lesões nos ligamentos;
- Osteoartrose secundária inflamatória;
- Necrose avascular (menor que 25% da altura do corpo do tálus);
- Doenças reumáticas;
- Artrite hemofílicas;
- Sinovite crônica;
- Artrite séptica (controlada e não ativa);
- Reversão de artrodese de tornozelo;
- Substituição de prótese de tornozelo;
Contraindicações
- Necrose avascular (maior que 25% e menor que 50% da altura do corpo tálus);
- Trauma prévio severo;
- Osteopenia severa ou osteoporose leve;
- Usuário crônico de corticosteróides;
- Paciente que tem dependência no uso de insulina;
- Paciente que faz uso de TFN;
- Paciente que pratica atividades físicas de alto impacto;
- Alcoólatras e fumantes sociais e descompensados;
- Pacientes com massa corporal elevada;
- Infecção nos ossos recente ou ativa;
- Lesões graves de partes moles do tornozelo ou perna;
- Lesões vasculares graves;
- Insuficiência venosa com dermatite ocre;
- Síndromes com hipermobilidade articular graves;
- Disfunção sensorial ou motora da perna ou pé;
- Úlceras de estase;
- Deformidades angulares acima de 20 graus de déficit e correção com osteotomias;
- Doença neuroartropática degenerativa grave (Doença de Charcot).
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
ortopedista em São Paulo!