A artrose é uma doença degenerativa crônica causada pelo desgaste da cartilagem que reveste o osso. A cartilagem, por sua vez, é a responsável por “lubrificar” o atrito entre os ossos quando eles se movimentam. Nesse quadro, a artrose se manifesta quando a cartilagem começa a se degenerar, causando inflamação, dor no local e dificuldade de movimentação.
A doença pode afetar qualquer articulação, sendo que algumas delas são mais suscetíveis que as outras. São elas:
- Articulações do quadril e do joelho: Como essas duas articulações sustentam nosso corpo, é muito comum que a artrose as afete. Nessas regiões, o problema causa muita dificuldade para andar, além de dor aos dobrar os joelhos, ao agachar para pegar algo e ao ficar em pé por algum tempo.
- Articulação da coluna e pescoço: Afetando essas articulações, a artrose provoca bastante dor nas costas.
- Articulação das juntas dos dedos (principalmente a do polegar): Essa artrose causa deformação nos dedos, inchaço, dor e muita dificuldade de movimentar as mãos, bem como dificuldade de pegar objetos estreitos como canetas.
- Articulação dos ombros: A artrose nessa articulação provoca uma dor nos ombros que irradia para o pescoço e ao longo do braço. Causa também dificuldades para levantar e movimentar os braços.
É importante notar que todos esses tipos de artrose compõem os mesmos sintomas: dor na região, dificuldade de movimentação, inchaço e rigidez – provocados pela inflamação e a falta de cartilagem suficiente para proteger os ossos de grandes atritos.
É comum que a dor piore no fim da tarde, melhorando conforme a pessoa fica em repouso.
Quais são os grupos de risco da doença?
- Pessoas com mais idade tem mais tendência à perda de cartilagem naturalmente, e por esse motivo são mais suscetíveis ao desenvolvimento da artrose. Essa é a justificativa para que seja tão comum encontrar idosos com o problema!
- Profissionais que trabalham em empregos que sobrecarregam as articulações, como cabeleireira, empregadas domésticas, pintores, desenhistas, entre outras;
- Esportistas como jogadores de futebol, por exemplo, que também sobrecarregam as articulações e fazem bastante movimento de torção;
- Pessoas que já sofreram com fraturas, pancadas ou torções que afetaram as articulações;
- Pessoas obesas, pois forçam as articulações a aguentar mais peso do que deveriam, levando ao desenvolvimento dessa doença;
- Pessoas que possuem deformidade nos ossos;
- Pacientes que contam com herança genética nesse sentido. A artrose pode, sim, ter origem genética. Por esse motivo, é importante saber o histórico familiar da sua família; se alguém já teve artrose, se algum familiar desenvolveu essa doença antes de chegar à casa dos 50 anos, entre outras informações que são importantes para embasar o fator genético.
Tratamento da artrose
Como a artrose é uma doença crônica degenerativa, ela tende a se agravar ao longo dos anos. O tratamento, assim, consiste em reduzir a dor da inflamação, como também minimizar a inflamação do local por meio de remédios.
É muito importante, ainda, que pacientes com artrose pratiquem fisioterapia para melhorar a dor, minimizar a inflamação e estimular a musculatura em volta da articulação. Os exercícios vão variar conforme o quadro clínico de cada paciente.
Na maioria dos casos o tratamento melhora os sintomas e retarda o avanço da doença. Para que isso ocorra, entretanto, é necessário seguir a recomendação do médico especialista à risca.
Em situações extremas, como destruição da cartilagem ou dores que não passam após fisioterapia, pode ser necessário tratamento cirúrgico, que consiste geralmente em troca da articulação por uma prótese metálica (a artroplastia) ou a ressecção da artrose com a junção dos ossos acometidos (a artrodese). Esta última, apesar de mais simples, tem como desvantagem a diminuição da movimentação.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Paulo!