O calcanhar é uma das regiões mais delicadas do corpo no caso de fraturas, pois o osso do calcanhar, chamado de calcâneo, está sempre em contato com o chão, apoiando o peso do nosso corpo durante as movimentações.

Desta forma, a fratura do calcâneo é uma das mais complexas. É considerada grave, e com uma recuperação demorada – que pode levar de 8 até 12 semanas, no qual o paciente não poderá apoiar o pé no chão, devendo usar muletas para se movimentar.

Diagnóstico da fratura de calcâneo

A fratura de calcâneo acontece, geralmente, após a ocorrência de uma queda de pé, ou então após alguma pancada na região do calcanhar, que faz com que ocorra a quebra do osso calcâneo.

Os primeiros sinais de fratura no calcâneo são o inchaço no pé, especialmente na área do calcanhar, e uma dor intensa, que impede que o pé seja apoiado no chão, dificultando ou impedindo qualquer tipo de movimentação.

No entanto, o diagnóstico preciso é feito por meio de dois exames de raio x, cada um com um ângulo diferente, além de uma tomografia computadorizada. Após a realização destes exames, é possível identificar se há o desvio do osso calcâneo, se alguma outra articulação do pé foi atingida, ou se outras partes da estrutura dos pés, como tendões e ligamentos, foram afetados por conta deste tipo de fratura.

Tratamento da fratura de calcâneo

O tratamento da fratura de calcâneo é feito por meio da imobilização do pé com o uso de uma bota de gesso ou órtese tipo Robofoot, que mantém o pé imobilizado durante algumas semanas, enquanto o paciente estiver se recuperando da fratura.

Durante este tempo, é fundamental que o paciente não coloque o pé no chão, pois apoiar o peso do corpo pode agravar a lesão e dificultar a recuperação. Desta forma, o uso de muletas para a locomoção é fundamental.

Desta maneira, é importante também que o paciente passe a maior parte do tempo de recuperação sentado ou deitado, podendo utilizar algumas almofadas ou travesseiros para manter o pé elevado, evitando, assim, que aconteçam inchaços, permitindo que a dor seja aliviada.

No entanto, em alguns casos específicos, apenas a imobilização não é o suficiente, sendo necessário que seja feita uma cirurgia para a consolidação da fratura e uma maior mobilidade do pé após a recuperação.

A cirurgia é necessária em algumas ocasiões, como, por exemplo, quando ocorre um desvio do osso calcâneo de mais de dois milímetros. Quando o osso se divide em muitos fragmentos também deve ser feita a cirurgia para a correção desta lesão.

Porém, a cirurgia, quando necessária, não deve ser feita assim que diagnosticada a lesão, sendo recomendado que o procedimento cirúrgico seja feito após uma ou duas semanas, quando o inchaço do calcanhar já é menor.

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