Para quem não conhece o tendão de calcâneo, estamos falando do famoso tendão de Aquiles. Mas o que vem a ser um tendão? Trata-se de um tecido fibroso que liga um músculo a um osso, sendo responsável por movimentos e articulações.

No caso do tendão de calcâneo, a sua função é ligar os músculos da panturrilha ao calcâneo, que é o osso do calcanhar. Sua localização, portanto, é a parte posterior da perna, atrás dos dois ossos do tornozelo.

Como em qualquer elemento do sistema locomotor humano, o tendão está sujeito a uma série de lesões, que podem ir de um estiramento a uma fissura ou uma ruptura.

Causas

Os problemas do tendão de Aquiles podem estar relacionados a:

 

Há alguns fatores de risco importantes, principalmente ligados a tratamentos de outras doenças. Alguns antibióticos e uso de corticoides podem enfraquecer o tendão, em especial se o uso dessas medicações for sistemático.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

Pode-se dizer que, devido aos sintomas, a rotura do tendão de calcâneo não é difícil de diagnosticar.

Além da dor na região, o paciente queixa-se, também, de fraqueza e não consegue ficar na ponta dos pés.

Durante o exame clínico, o médico faz pressão sobre a panturrilha, mas, mesmo assim, não há a reação natural, que é o paciente flexionar o calcanhar para cima, como se fosse ficar na ponta dos pés. Fora a dor, que lembra a sensação de ter levado uma pedrada no local, e a fraqueza, há também o inchaço na região.

O médico pode, em alguns casos, solicitar exames de imagem para poder ter uma visão da condição em que se encontra o tendão. Em alguns casos, a dor começa associada aos movimentos e vai piorando, uma condição que está relacionada à causa e irá determinar também o tipo de tratamento.

O tratamento cirúrgico é mais indicado para pacientes jovens e praticantes de atividades esportivas. Pacientes com contraindicações para a cirugia podem ser submetidos a tratamento mais conservador, que inclui medicamentos e quase que imediato início da fisioterapia. A experiência médica mostra que manter a região muito tempo em descanso não colabora com a recuperação, e a chance de rerruptura e trombose é maior em pacientes não operados.

Quanto à prevenção, no caso dos esportistas, ela está ligada ao acompanhamento multidisciplinar, que envolve a área técnica, fisiologia, preparação física e ortopedia. A carga e a intensidade precisam ser controladas nos atletas, mas isso acontece também no caso das pessoas comuns que praticam atividade física. A própria atividade física controlada, com exercícios com ênfase na musculatura da panturrilha, é uma forma de prevenção.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Paulo!