A ressonância magnética é um exame que mostra visões bi ou tridimensionais do interior do corpo, fornecendo informações sobre lesões que não são visíveis em radiografias simples, ultrassonografia ou tomografia computadorizada.
Esse exame, que usa uma combinação de campo magnético (ímã) e ondas de rádio – portanto, sem emitir radiação ionizante – faz imagens do corpo humano graças aos muitos átomos de hidrogênio que o organismo contém. Assim, colocados em um campo magnético forte, todos os átomos de hidrogênio são orientados na mesma direção: eles são então excitados por ondas de rádio por um tempo muito curto (eles são colocados em ressonância). Quando o estímulo cessa, o carbono restaura a energia armazenada, produzindo um sinal que é gravado e processado como uma imagem por um sistema de computador.
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Qual é a aplicação da ressonância magnética?
Este exame é o mais adequado para detalhar órgãos e tecidos individuais, especialmente partes do corpo que contêm muita água. A visualização da coluna vertebral, de articulações e discos intervertebrais e a detecção de doenças neurológicas da medula espinhal são aplicações típicas.
Ele também é muito útil quando há necessidade de uma análise mais criteriosa e específica para algumas lesões que não são visíveis em outros tipos de exames de imagem. Isso ocorre porque a ressonância torna possível realizar imagens em seções, em diferentes planos e reconstruir em três dimensões a estrutura analisada.
Ressonância magnética na ortopedia
Quase toda pessoa já virou o pé e depois, com o tornozelo inchado, precisou procurar o médico. Acidentes na vida cotidiana, e mais frequentemente nos esportes, podem causar ruptura dos ligamentos, entorses ou inflamação dos tendões, músculos e bursas. Além disso, o desgaste ósseo ou uma alteração reumática (inflamação crônica) tornam-se dolorosos. Dor no tornozelo e dor no pé significam, para aqueles que são afetados, restrições de movimento temporárias ou permanentes. Portanto, essas queixas também não devem ser postergadas.
A restrição de movimento no pé, a dor mesmo em repouso, desconforto no tornozelo com ou sem edema e uma sensação de instabilidade durante as caminhadas ou durante as corridas merecem uma atenção especial. O exame com ressonância magnética possibilita que as causas desses problemas sejam diagnosticadas de forma precisa e que, assim, sejam indicadas as terapias apropriadas.
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O exame não sobrecarrega os pacientes e é muito mais significativo do que uma radiografia. Além dessas aplicações, a ressonância também pode ser útil para diagnosticar outras condições, como:
- doenças da coluna vertebral e articulações;
- hérnia de disco;
- inflamação óssea;
- fraturas ocultas;
- lesões das cartilagens;
- roturas nos tendões;
- tumores ósseos.
Há restrições para esse tipo de exame?
Existem alguns pacientes que não podem ser submetidos à ressonância magnética ou apenas poderão fazê-lo sob cuidados especiais. Entre esses estão as pessoas que possuem suportes de implantes metálicos, grampos ou próteses de metal.
Antes do exame, o paciente deve receber um formulário/questionário, que deverá ser preenchido com a maior precisão possível, para que o médico possa decidir se é possível a realização de um exame de ressonância magnética sem risco. Pacientes com marcapassos não podem ser submetidos ao exame de ressonância.
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