A fratura por estresse nos pés é causada pela sobrecarga dos ossos metatarsais. Antes de sua ocorrência, o osso é carregado tão fortemente que a sua capacidade de regeneração, que é definida pela atividade dos osteoblastos (células formadoras de osso), é insuficiente.
Neste artigo, trazemos mais informações sobre esse problema. Então continue a leitura para saber mais!
Por que uma fratura por estresse aparece?
Os elementos biológicos do sistema musculoesquelético adaptam-se a circunstâncias externas graças ao processo de reestruturação do tecido ósseo. No entanto, se cargas desconhecidas aumentarem as forças de flexão sobre o osso, acontece um acúmulo constante com consequente desmantelamento ósseo.
Assim, esse tipo de fratura não se deve a um choque ou a uma queda, ela é o resultado de um acúmulo de estresse extremo sobre o osso durante um curto período. Por essa característica, ela acomete principalmente os atletas que praticam esportes de resistência, como os corredores de maratona e de trilhas, que devem estar particularmente vigilantes para proteger seus ossos.
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As fraturas por estresse, ou por fadiga, geralmente causam dor e inchaço na área afetada. Da mesma forma, a capacidade de carga pode ser reduzida.
Risco da fratura por estresse
Fatores que podem aumentar o risco de fraturas por estresse incluem:
- Prática de determinados esportes: As fraturas são mais comuns em pessoas que praticam atletismo, basquete, tênis, dança ou ginástica;
- Atividade aumentada: As fraturas geralmente ocorrem em pessoas que mudam repentinamente de um estilo de vida sedentário para um regime de treinamento ativo ou que aumentam rapidamente a intensidade, a duração ou a frequência das sessões de treinamento;
- Problemas nos pés: Pessoas que têm pés planos ou arcos altos e rígidos têm maior probabilidade de desenvolver fraturas por estresse;
- Ossos enfraquecidos: Condições como a osteoporose podem enfraquecer os ossos e facilitar a ocorrência de fraturas por estresse;
- Fraturas por estresse prévias: Quem sofreu uma ou mais fraturas por estresse tem um risco maior de que esse problema ocorra;
- Falta de nutrientes: Transtornos alimentares e falta de vitamina D e cálcio podem tornar os ossos mais propensos a desenvolver fraturas por estresse.
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Tratamento
O membro lesionado deve ser protegido por menos seis semanas. Para reduzir a carga de sustentação do osso até que ocorra a cicatrização, pode ser necessário usar uma bota de imobilização ou muletas.
Embora incomum, a cirurgia às vezes é um recurso para garantir a cura completa de alguns tipos de fratura por estresse, especialmente aquelas que ocorrem em áreas com baixo suprimento de sangue. Esse procedimento também pode ser uma opção para facilitar a cura de atletas de elite que desejam um retorno mais rápido ao esporte ou trabalhadores cuja atividade dependa do membro fraturado.
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