A estrutura dos pés é uma das mais complexas do corpo humano, pois nela é encontram-se diversos tipos de músculos, ossos, ligamentos, articulações e tendões. Por isso, não é raro o aparecimento de algum problema provocado por alteração na anatomia dos pés, como por exemplo, os joanetes.
Conhece esse problema? Sabia que existe mais de um tipo? Leia, então, este texto e entenda tudo sobre o assunto.
O que é joanete?
É uma alteração na anatomia dos pés em que se forma uma saliência óssea em razão do deslocamento do metatarso. Na maioria dos casos, causam bastante incômodo e dor. O
hallux valgus e o joanete de sastre são as duas formas em que se classificam os joanetes.
O
hallux valgus ocorre com maior frequência. Caracteriza-se pela incidência de uma saliência perto da base do dedão. Nesse caso, a alteração anatômica ocorre na articulação metatarsofalângica do hálux.
Essa articulação fica no primeiro metatarso e é responsável por proporcionar apoio ao dedão. O joanete de sastre se caracteriza por uma elevação óssea no dedo mindinho do pé, no quinto metatarso.
As causas mais comuns desse problema são hereditariedade, predisposição estrutural do pé, uso de sapatos inadequados, artropatia, distúrbios neurológicos, traumas e dismetria dos membros inferiores.
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Quais são os tipos de tratamento?
O médico especialista para esse caso é o ortopedista especialista em pé e tornozelo. A fim de decidir pela melhor abordagem, ele realizará um exame clínico do indivíduo e analisará seu estilo de vida, histórico familiar e intensidade dos sintomas.
A abordagem para o tratamento pode ser conservadora ou não. A alternativa mais conservadora melhora apenas a dor e não visa à correção anatômica da deformação do pé. Opta por aliviar os sintomas e evitar evolução do desvio.
Dessa forma, podem ser recomendadas 5 possibilidades de tratamento. Veja em seguida.
1. Mudança do tipo de calçado
Os sapatos com saltos, de bico fino, sem amortecimento ou apertados contribuem para o agravamento do problema. Por isso, o uso deles será suspenso até que haja melhora.
2. Palmilhas ortopédicas
Existem palmilhas específicas para esse tipo de dificuldade. O ortopedista prescreverá o tipo mais adequado a cada caso. Entre os benefícios está a correção postural e o alívio do impacto nas articulações.
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3. Afastador de dedos
É um acessório que deve ser colocado entre o dedo em que esteja a protuberância óssea e o dedo vizinho. O objetivo do afastador é evitar a inclinação do dedo.
4. Órteses
São talas de acrílico ou silicone que ajudam a reduzir a dor e a pressão sobre a deformação. Sua prescrição é mais comum em crianças, em razão do tamanho dos pés.
5. Esparadrapo
Os esparadrapos cirúrgicos podem impedir que o problema evolua. Exige, entretanto, troca diária.
Nos casos mais complexos em que as soluções paliativas não apresentam resultados satisfatórios nem controlam os sintomas, o ortopedista poderá indicar a intervenção cirúrgica. As técnicas mais comuns são a aberta (com um corte na lateral de dentro do pé) e, mais moderna, a técnica percutânea, em que a cirurgia é realizada por meio de pequenos furos na pele.
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