A entorse do tornozelo é o trauma articular mais comum durante a prática de atividades físicas, independentemente da modalidade que se pratica.
Essa lesão articular está relacionada a um treinamento insuficiente dos músculos e ligamentos da região. Além disso, pode ser resultado de fatores externos, como a superfície em que a atividade se desenvolve.
A entorse do tornozelo é provocada por uma virada brusca do membro, em que o pé se desloca para dentro ou para baixo.
O diagnóstico é realizado por um médico especialista, que examinará clinicamente a lesão e o tornozelo, de acordo com os sintomas. Para o diagnóstico completo, podem ser solicitados exames de imagem, como raio-x, por exemplo.
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Como a entorse de tornozelo é diagnosticada
Tipos de torção do tornozelo
O entorse pode ser classificado em três graus distintos, como descrito em seguida:
- Leve – grau I: alteração das fibras que constituem os ligamentos;
- Moderado – grau II: rompimento parcial das fibras;
- Grave – grau III: rompimento total dos ligamentos.
Nesses casos, os ligamentos estiram ou se rompem, parcial ou totalmente, e sua classificação já leva em conta o tempo de recuperação do tratamento. As entorses de grau leve podem ser resolvidas em até 15 dias. Os casos graves, no entanto, podem durar meses.
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A Recuperação de Lesões no Tornozelo
Sintomas e tratamentos para entorse do tornozelo
Os sintomas podem incluir:
- dor contínua e localizada;
- inchaço;
- hematoma;
- incapacidade de movimentar o tornozelo.
O tratamento varia conforme o grau apresentado. Em geral, podem ser realizados os seguintes procedimentos:
- compressas de gelo sobre o tornozelo por ciclos, lembrando de proteger a pele com um lenço ou outro pano;
- elevação da perna e do tornozelo;
- proteção do local com fita elástica envolvendo o tornozelo, ou tornozeleira;
- uso de muletas ou andador até o alívio da dor;
- uso de medicamentos;
- fisioterapia;
- cirurgia.
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Conheça mais sobre os três tipos de entorse de tornozelo
3 dicas para a prevenção da entorse do tornozelo
1. Atente-se ao local do treinamento
A primeira forma de prevenção é observar o local em que o treino ou a atividade será realizada. A superfície do local pode ter buracos, ondulações e piso molhado, por exemplo, que alteram a aderência do calçado esportivo.
Além disso, a superfície pode causar um maior atrito nas paradas, nas mudanças de direção e nos arranques de velocidade. Um exemplo clássico são as torções que ocorrem em jogadores de futebol, quando jogam em um campo irregular.
2. Valorize o treinamento
Especial atenção deve ser dada ao treinamento. Alguns músculos devem receber um programa específico para reforçar sua elasticidade. É o caso dos tibiais e fibulares, responsáveis pela estabilidade dos tornozelos.
Além disso, os exercícios específicos de fortalecimento, equilíbrio e coordenação dos músculos estabilizadores devem ser incluídos no tratamento. Assim, valoriza-se o desenvolvimento dessas habilidades e do condicionamento físico.
3. Proteja a região
Outra forma de proteção é o uso de acessórios na região do tornozelo. Os tensores, faixas, órteses e esparadrapos promovem a segurança ao atleta. Essas medidas podem ser utilizadas tanto na prevenção como na reabilitação da entorse do tornozelo.
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