Manter-se ativo desde a fase da pré-adolescência é uma boa maneira de possibilitar ao organismo plenas condições de funcionamento. O problema é quando, ainda na infância, o corpo é submetido a repetições que podem ser danosas.
Um exemplo é a síndrome de Osgood-Schlatter, que pode aparecer em ambos os sexos, porém, mais prevalente nos meninos entre os 9 e os 18 anos. São mais de 150 mil casos registrados a cada ano no país.
Fique atento aos sinais
A síndrome de Osgood-Schlatter é um problema que se caracteriza pela inflamação do ligamento patelar, o que leva ao aparecimento de um inchaço doloroso logo abaixo dos joelhos. A dor também pode aparecer ao longo de toda a perna do lado afetado. É comum, ainda, que o paciente fique com a marcha alterada.
O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica e exames de imagem, como o raio-x. Estes são capazes de apontar, principalmente, ossículo superficial no tendão patelar, ossificação irregular da tuberosidade tibial proximal, calcificação dentro do tendão patelar, espessamento do tendão patelar e edema do tecido mole proximal à tuberosidade tibial.
O médico, no exame físico, pode detectar aumento da sensibilidade, eritema (vermelhidão) e edema ou massa proeminente no tubérculo tibial (local onde o tendão patelar se insere na tíbia).
Entenda as causas da doença
Os adolescentes que manifestam a síndrome de Osgood-Schlatter possuem algumas predisposições para essa doença, como: contínuo desenvolvimento do corpo, estresse e impactos provocados pela prática de atividade física, com alto volume de atrito sobre os joelhos.
Esse estresse é transmitido por meio do tendão patelar para a tuberosidade da tíbia imatura, o que pode provocar microlesões e, consequentemente, inflamações.
Leia mais: Conheça a doença de Sever; Dor no calcanhar infantil
Saiba como tratar a síndrome de Osgood-Schlatter
É mais comum que todo o tratamento que envolve a síndrome de Osgood-Schlatter não envolva cirurgia ou outro método invasivo. Contudo, é feito um longo repouso com redução total ou parcial das atividades físicas, além de uso de gelo e sessões de fisioterapia.
Esta última, associada à prática de alongamentos, busca o fortalecimento da musculatura e aumento da amplitude dos movimentos. Já o uso de anti-inflamatórios e analgésicos devem ser administrados somente sob prescrição médica.
Leia mais: Importância dos alongamento para tratar a fascite plantar
Em ocasiões raras, pode ser necessário imobilizar a perna em gesso, injetar corticosteroides abaixo da pele ou realizar intervenções cirúrgicas que envolvam a retirada de fragmentos de osso, perfuração e aplicação de enxertos.
O prognóstico da síndrome de Osgood-Schlatter é considerado excelente. Geralmente, o problema é resolvido de um a dois anos após o diagnóstico, ou perto dos 18 anos, quando a tuberosidade da tíbia está ossificada. Contudo, em cerca de 10% dos casos as queixas podem persistir na idade adulta apesar do tratamento conservador.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Paulo!